sexta-feira, 29 de agosto de 2008

NOSSA SENHORA OLHAI POR NÓS


Olá amigos:

Publico aqui a imagem da NOSSA SENHORA, para poder olhar por todos aqueles que aqui vêem .
Principalmente, a todos aqueles que neste momento precisam dela.
Peço-vos, que não levem a mal mas dedico esta NOSSA SENHORA, ao nosso amigo André.
Ele neste momento, precisa do colinho da NOSSA SENHORA e de todos nós.
Vou passando e escrevendo.
Beijinhos do tamanho do Mundo

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

O SEXTO E O SÉTIMO ANO NA INÊS DE CASTRO

Olá amigos:

Acabei, com um final de ano espectacular aonde tudo correu muito mas muito bem.

Agora, entro no sexto ano sem a professora Isabel, mas os professores e a turma são os mesmos.
Quem ficou no lugar da Dra. Isabel "entre pais e escola" foi o D.T. como o Nuno tinha uma boa relação com ele ( prof.educ.fisica) as coisas corriam bem.

Nos finais de Abril a direcção da escola começa a ter problemas, e o director Dr. Braga Maia demite-se, então cai de pára quedas um tipo qualquer que nem é prof. lá da escola.

Os problemas começam....

O Jorge em Maio é internado para ser operado, estão a ver o Nuno nunca se tinha afastado do pai e também não podíamos esconder o que o pai ia fazer, então a partir daí ele fica numa grande ansiedade.
Eu expliquei na escola o que se estava a passar com o pai, e que era normal o Nuno ficar mais nervoso e agitado derivado á ansiedade.
Disseram-me que sim senhora, que iam tomar atenção, mas quê.....as queixas começaram.

Imaginem-me sozinha, o marido hospitalizado com uma cirurgia delicada, a trabalhar e no final do dia quando ia buscar o Nuno só queixas e mais queixas.

Entretanto chega o final do ano lectivo, tudo na mesma ou pior.



Então chega o sétimo ano, parece haver muita boa vontade, mas a boa vontade não é tudo á que trabalhar.

Os professores são todos novos, alguns já conheciam o Nuno do recinto da escola, todos com muito medo, porque o tamanho dele engana.
O Nuno, quando pressente que têm medo dele é aí que ele ataca verbalmente, e então ele diz que mata e que esfola mas no fundo ele não faz nada.

A D.T. é prof. de Português, coitada da senhora toda ela tremia eu expliquei-lhe que não se podia mostrar medo, e ele tinha que compreender que quem mandava na sala eram os prof., e que eles tinham que cativar o Nuno para haver confiança de ambas as partes.
Mas foi em vão as minhas palavras.

Por sua vez a pediatria entra em acção, faz reuniões com os prof. para explicarem como haviam de interagir com o Nuno, dão um regulamento com as medidas a serem tomadas.
Mas tudo isto também foi em vão.

A médica do Nuno quando soube da nossa historia, pediu na escola para nos deixarem em paz, não haver mais queixinhas e quando houvesse algum problema para comunicar com a médica ou a psicóloga.
Assim foi, quando havia algum problema ligavam para a pediatria, a pediatria por sua vez tentava ajudar, a dar dicas para fazerem melhor mas também foi em vão porque não conseguiam ou não queriam...

As coisas continuaram a piorar a d.t. perguntava porque é que nós não mudávamos o Nuno porque ali não havia condições, já tinham esgotado todas as condições.

Para o final do ano o director da escola pede uma reunião, o meu marido faz-se acompanhar com o advogado, o director barra a entrada diz que o advogado não pode entrar.
Aqui começa uma luta, vamos ver no que vai dar.

Já são professores a mais a ignorarem a doença do meu filho, basta se há DIREITOS para todos porque é que o meu filho parece que não tem DIREITO a andar numa escola.

Vou passando e escrevendo

Beijinhos do tamanho do Mundo

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

INÊS DE CASTRO NO 5º ANO

Olá amigos:



Com a ajuda da Drec, chegámos á Inês de Castro, uma escola perto da nossa residência, á nossa espera estava a professora de apoio, a Dra.Isabel Monteiro, uma professora muito bem disposta sempre a rir, muito simples.



Mas, meus amigos como nós já tínhamos levado tantas, estávamos com medo que tudo fosse igual, ela não conhecia o Nuno, o Nuno não a conhecia a ela, então o medo pairava, a angustia continuava, uma escola maior com muitos alunos, enfim sempre o medo.



A escola começa, todos os dias ia buscar o Nuno á sala de apoio, perguntava como tinha corrido o dia, resposta " muito bem" até parecia mentira," com alguns problemasitos mas nada que não se resolve-se" eu nem queria acreditar, uma escola maior aonde á mais confusão, mais professores, mais alunos, mais salas e a professora responde todos os dias a mesma coisa sempre com um ar agradável.



O Nuno começa então, a ter uma relação muito boa com a professora e com as tarefeiras, e todos o compreendem.



Foi um ano lectivo, que eu nem queria acreditar, os professores, os auxiliares, os tarefeiros até os próprios colegas o aceitaram bem.

O Nuno durante o ano, com a ajuda da Dra. Isabel até frequentou o A.T.L. e tudo corria bem

Pouco mas MUITO há a dizer, foi um ano de paz e tranquilidade, porque existia dois grandes suportes, a Dra. Isabel, e o Dr.Braga Maia que era o director daquela escola, ela tanto como professora e como pessoa ela é excelente.



Chega o final de ano, as novidades do governo que não sabe estar quieto, quando as coisas até funcionam eles (governo) têm que mexer para pior.

Então a Dra.Isabel, como não estava efectiva naquela escola foi destacada para a escola de Soure,

mas sabendo das dificuldades tenta deixar tudo estruturado para o próximo no lectivo.



Digam lá meus amigos, qual era a professora que fosse embora, mas que deixasse tudo encaminhado, só mesmo a Dra. Isabel.



Hoje por aqui fico, volto para o 6º ano, será com a mesma paz e a mesma tranquilidade, haver vamos.



Vou passando e escrevendo



Beijinhos do tamanho do Mundo

terça-feira, 12 de agosto de 2008

ESTE É QUE É O RAPAZ QUE TANTO SE FALA O NUNO



Olá amigos:


Este é que é o tal rapazinho de 14 anos, que muitos de vós só o conheciam de nome, aqui fica uma fotografia para o conhecerem melhor.


Como vêem, olhando para ele nada parece ter.

Pois é, por isso mesmo que nas escola não o têm entendido.

Mas como diz a Isamonte, há sempre uma lusinha ao fundo do túnel.


Sabem quem é a Isamonte?
Fica o suspense até ao 5º ano.


Hoje foi assim mais soft, ( para não ser só desgraças).


Vou passando e escrevendo


Beijinhos do tamanho do Mundo

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

A PASSAGEM PELO COLÉGIO

Olá amigos

Ele esteve três anos na escola publica porque chumbou na 2ªclasse, ao fim desses três anos então é transferido para o colégio

Como houve o problema com a professora da escola anterior, o Nuno ficou sinalizado na Drec, porque até aí não havia indicação nenhuma

Contamos á directora do colégio, que ele andava em consultas na pédopsiquiatria e que era uma criança com problemas, já para não haver surpresas, falamos também com a professora e ela disse que iria fazer o melhor

Então por sua vez o colégio pediu uma reunião com o encarregado de educação, com o pédopsiquiatra na altura e com a Drec
Reuniram-se todos na pédopsiquiatria e ficaram a saber mais sobre o Nuno e como haviam de reagir ás situações

O primeiro ano correu mais ou menos com professora de apoio que nós pedimos, e o colégio aproveitou em beneficio de outros meninos

O Nuno e outras crianças com deficiência estão protegidas por um decreto lei 3/2008 ou seja que usufrui de medidas educativas especiais

No segundo ano ou seja na 4ª classe, as coisas já não funcionaram tão bem, então começa as queixas , a directora do colégio a marcar reuniões com todas as entidades e o médico sempre a dizer o mesmo "que ele tem um problema" mas não especifica qual o problema, já andamos tão cansados que o pai Jorge ( como o Nuno chama) pede uma reunião ao médico e confronta-o e o médico disse"o que o Nuno tem é muito grave e eventualmente iria encaminhar para uma esquisofernia"o Jorge chegou a casa e contou-me como devem imaginar fiquei revoltada com o médico, fartei-me de chorar mas pensei não, vou procurar outro médico e como eu conhecia de nome o Dr.Luís Borges (porque tomei conta de uma criança mongloide e foi esse médico que detectou) não hesitei marquei consulta para ele, foi espectacular assim que o Nuno entrou, falou com ele falou connosco e disse logo que o Nuno tinha o síndrome de asperger, depois explicou-me tudo como havia de agir com ele e não ceder ás chantagens
Apesar de tudo fiquei mais aliviada a doença do meu filho afinal tinha um nome

Voltando á escola as coisas continuavam a correr mal, até que um dia um aluno, fez qualquer coisa ao Nuno que ele não aceitou muito bem e reagiu mal, ao reagir contra o outro aluno uma professora (que não era dele) vai por trás dele e agarra-o, ele por sua vez reage empurrando a cabeça para trás para se libertar, como a professora era baixa ele acerta-lhe sem querer na boca, chamam logo o pai para ir buscar o Nuno, aonde o pai Jorge pede desculpa á professora e se ela tiver que ir ao hospital paga o que for preciso, aonde ela aceitou o pedido de desculpas

Passado três dias, chego a casa de um dia de trabalho, toca o telefone era da policia havia uma queixa de uma professora que tinha sido agredida a murro e a pontapé pelo meu filho, que iríamos receber uma carta para irmos á S.P.S.J. que é uma entidade de crianças mal tratadas, e abandonadas, o mundo nesse momento caiu-me em cima, pensei vou ficar sem o meu rico filho, foram horas de angustia que nem imaginam, não dá para escrever o que senti uma revolta tão grande

No dia a seguir o Nuno não foi á escola, e lá fomos á tal dita entidade, chegamos fomos recebidos por uma psicóloga e uma assistente social, fizeram-nos perguntas , falaram com o Nuno e chegaram á conclusão que ele estava em risco, mas era na escola e não em casa, mas mesmo assim teve que haver um tipo de audiência com testemunhas e tudo mas sem o Nuno
Conclusão como era o estado contra o estado, e nós tinha-mos uma declaração do Dr.Luís Borges como o Nuno era autista ficou tudo sem efeito
Quem ainda ficou mal vista foi a professora, porque mentiu e fez a participação só passado três dias, ela ainda queria que nós pagássemos a consulta de um dentista particular, e o advogado disse para ficar assim ou quem tinha que pagar era ela, pelos danos morais

A escola continuou mais tranquila, mudamos de médico o Nuno ficou então a ser seguido pelo Dr.Luís Borges e quando finalizou a escola o Nuno passou para o 5º ano, a directora queria que o Nuno continuasse no S.Pedro que pertence ao colégio mas nós não quisemos , porque achámos que foram muito injustas para connosco

Então novo ano nova escola, pedimos ajuda á Drec para nos aconselhar uma escola mais adequada ao problema do Nuno

E por aqui fico, vou passando e vou escrevendo

Muitos beijinhos do tamanho do Mundo

domingo, 3 de agosto de 2008

A PRIMÁRIA NA ESCOLA PÚBLICA

A escola primária era numa aldeia muito pequenina, duas professoras para as quatro classes, derivado á falta de alunos

Chegou a primeira classe, complicado ele não queria ficar sozinho, então ficava o pai sentado um bocadinho ao pé dele até ele se começar ambientar, depois já o pai vinha embora e ele não se importava
Aí começa as idas constantes á casa de banho, o fazer chichi, o lavar as mãos, o cuspir (as ditas asteropatias), isto tudo só para não estar tanto tempo sentado, porque não consegue devido á hiperatividade dele
Todos os dias quando a avó ia buscar o Nuno perguntava como tinha corrido, a resposta era sempre a mesma, muito mal estava sempre a perturbar a aula, e não brincava com as outras crianças, isolava-se

Eu por minha vez percebia que algo estava mal, o não conseguir estar sentado como as outras crianças, o não brincar, o isolar-se não era normal então fui á medica de família pedi um P1 para marcar consulta no pediátrico para me ajudarem

No pediátrico tanto andei de médico para médico , que cheguei a um pédopsiquiatra dr.Aníbal, medicou o Nuno com (risperdal, tompomax,e era outro ansiolitico) escreveu cartas para as professoras que elas pura e simplesmente ignoraram, aonde ele referia a medicação que o Nuno estava a tomar e como tinham que lidar com ele

Na escola a situação continuava complicada, ao ponto para o Nuno não ir á casa de banho meteram um balde ao pé dele para fazer chichi (á frente dos colegas que é muito grave), o que a avó viu e não gostou
Entretanto vai para a escola um moço que estava a fazer uma tese,(estava a estudar para assistente social) e telefonou-me a perguntar se podia falar connosco sobre o Nuno, disse que sim tudo o que fosse para ajudar o Nuno nós estávamos sempre á disposição, então falou-nos que tinha andado a observar o Nuno nos intervalos e via que ele era um menino diferente que não brincava e isolava-se, perguntou-nos se já tínhamos ouvido falar sobre o síndrome de asperger,que o Nuno era muito parecido com essas crianças

Entretanto numa das consultas eu confronto o médico com essa questão aonde ele me responde "não vamos por aí mas se for"e eu respondi-lhe ele é meu filho só quero que o dr. me diga como hei de lidar com ele, a partir desse dia nunca mais me consultou, meteu o Nuno numa unidade de dia a fazer terapias (todas as quintas feiras da parte da manhã)

Na escola as coisas não estão faceis, os pais das outras crianças virados contra nós, tudo de mau que acontece era sempre o Nuno, as professoras continuavam sem saber lidar com a situação, começa o nosso cansaço tentamos mudar o Nuno de escola, mais uma complicação ninguém aceitava o Nuno porque o Nuno já era conhecido por ser uma criança complicada
Recorremos ao particular como era a pagar pensámos que seria mais fácil para ele e para nós, então muda de escola vai para o colégio Alexandre Herculano e como estava perto da pédopsiquiatria óptimo pensámos nós

Quando faço a transferencia do meu filho a professora entrega-me o dossier dele para entregar na outra escola, eu achei o volume muito pequenino de três anos e como a curiosidade mata antes que eu morre-se abri com cuidado aonde me deparo com uma carta escrita pela directora da escola, aonde ela não pode pôr os pais mais abaixo diz na tal dita carta que nós éramos uma família mal estruturada, os medicamentos que nós dávamos eram drogas, que o Nuno não tinha problemas o pai é que tinha, aí começa um dos primeiros processos contra a professora na drec, até que ela vêsse obrigada a escrever uma carta a pedir nos desculpa

Depois ele entra no tal colégio mas como ainda há muito para contar fica para o próximo post

Vou passando e escrevendo

Muitos beijinhos do tamanho do Mundo

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

O PASSADO PARA ENTENDEREM

O meu filho nasceu no dia 24-04-1994

Era um bebé lindo, perfeito mas muito chorão

Foi criado com a avó paterna até entrar no ciclo

Era um bebé que dormia muito pouco, foi sempre uma criança saudável, evoluiu normalmente dentro dos prazos estipulados pelos médicos
O que me fazia confusão era ele dormir pouco e chorar muito, então levei-o a um médico particular, o diagnostico foi (é cobrinha queria dizer que ele era mau) não voltei lá mais

Entretanto chega os dois anos quando queria uma coisa e nós não lha dávamos fazia uma birra enorme batia com a cabeça em tudo que era lado (penso que não sentia dor)

Chega os três quatros anos as brincadeiras normais (bolas, carrinhos) passa-lhe ao lado , começa então o interesse pelos livro e desenho

Aos cinco anos já sabia qual o monte mais alto do mundo , o fascínio pela China , pelos Tornados , pelos Vulcões todos os livros que ele apanha-se e tivesse estes interesses ele tinha que o trazer, se nós dissemos que não ele fazia a tal dita birra, que punha toda a gente a olhar, e nós com receio do que as pessoas pudessem comentar e para não o ouvir gritar fazíamos-lhe a vontade (o que está mal)

Aos seis anos entra na escola primária, teve uma reacção muito má(agrediu-se ficou todo marcado na cara) tive que procurar ajuda médica, Pédopsiquiatra disse que era uma simples rejeição á escola para lhe dizer todos os dias a mesma coisa (a mãe vai trabalhar e tu também vais para a escolinha que é o teu trabalho) deu-lhe um medicamento para não ficar tão agressivo, fui três vezes as consultas ate que ela me deu alta , e disse que o Nuno não tinha nada que foi simplesmente um rejeição á escola

Por hoje fico por aqui até aos seis anos

Vou passando e esvrevendo

Muitos beijinhos do tamanho do Mundo